No Instituto Tomie Ohtake, essa é a última semana para conferir a mostra coletiva “AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar”, exposição que busca discutir os custos da retirada de direitos democráticos para o imaginário cultural do País, em resposta aos 50 anos do Ato Institucional No. 5, marco do agravamento do totalitarismo da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985). A artista Vera Chaves Barcellos participa da mostra com três obras da década de 1970.

Conforme o curador Paulo Miyada, a pesquisa tem como núcleo a produção de artes visuais do período, com obras, ideias e iniciativas que nasceram em tensão com a interdição da própria opinião política, que chegou a ser virtualmente criminalizada pelas práticas de censura e repressão. Em alguns casos, as obras reunidas foram proibidas, destruídas ou subsistiram ocultas; em outros, sua circulação foi seriamente contida e seus modos de expressão passaram por codificações e táticas de resistência.

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CONTRIBUA PARA VIABILIZAR O CATÁLOGO AI-5 50 ANOS: AINDA NÃO TERMINOU DE ACABAR
Realizada de forma colaborativa, possível pela doação de fundos de pessoas físicas, a exposição foi concebida de modo a reavivar a memória durante a crise vigente, que alimenta uma perversa nostalgia do autoritarismo. A mostra resultou em uma pesquisa abrangente, com contribuição de mais de uma dezena de pesquisadores e críticos que colaboraram a convite do curador Paulo Miyada.

Para que isso não se perca, está em desenvolvimento um catálogo extensivo da exposição, com mais de 300 páginas de fotografias, textos e ensaios, além de transcrições de depoimentos e documentos nunca antes publicados. Você pode participar dessa iniciativa, colaborando para sua viabilização e, ainda, garantir sua cópia dessa publicação, que será lançado no início de 2019.
Mais informações: https://www.institutotomieohtake.org.br/…/ai-5-50-anos-a-ai…

Crédito da imagem: Daniel Lins