Duas obras da artista Mariane Rotter foram recentemente incorporadas à Coleção Artistas Contemporâneos FVCB, por meio de aquisição na Ocre Galeria.

Meu ponto de vista: Check-in, Unser Haus, 2017
Fotografia. Foto: Acervo FVCB.

 

De acordo com Mariane Rotter, a fotografia da série Meu ponto de vista: Check-in, Unser Haus (2017) pertence à série homônima em que ela se fotografa em frente a espelhos e objetos refletores, buscando a sua imagem. “Faço o meu autorretrato me posicionando a uma distância bem próxima da pia em frente ao espelho”, relata.

Ainda sobre o processo de criação desta série, a artista explica que a câmera do smartphone não dispõe de visor como nas câmeras reflex, que ela costumava usar no início do projeto e era a medida da altura da captação da imagem. “De certa maneira, tento manter o aparelho próximo ao meu rosto, ao que seria a altura do meu olhar, mas sem escondê-lo por demais. Pela altura do espelho na parede, em relação a minha estatura, vemos apenas o topo da minha cabeça refletida no espelho com moldura larga de madeira, inserido em um ambiente com decoração rústica, neste restaurante que costumo frequentar com meus familiares em Nova Petrópolis, RS”, ressalta Mariane Rotter.

 

Meu ponto de vista: Anotações Vera, 2017
Fotografia. Foto: Acervo FVCB.

 

A outra fotografia – intitulada Meu ponto de vista: Anotações Vera (2017) – segue o mesmo protocolo criado no início desta investigação poética, em 2002, mas compõe o grupo intitulado “Anotações”, que possui algumas variações e menos elementos.

Nas palavras da artista: “Nesta fotografia, diferentemente da maioria que compõe a série, não vemos os elementos comuns ao ambiente em que geralmente são captadas, elementos como pias e mobiliários de banheiros. A fotografia em tons de branco e cinza foi captada em uma visita à FVCB em 2017. Pela posição do espelho em relação a minha altura de 1,30m, vê-se na imagem apenas o topo da cabeça refletida. As Anotações fotográficas da série Meu ponto de vista são fotografias que apresentam menos elementos, em que muitas vezes o espelho ou objeto refletor, por sua posição ou tamanho, não reflete a minha imagem, evidenciando menos a característica de autorretrato. Mas justamente por conter poucos elementos, evidencia os poucos que compõe a imagem.”