Partindo do caráter documental e indiciário que vincula as práticas de registro e arquivamento nas artes processual, ambiental e conceitual às técnicas automáticas de captação e recolha do visível, dadas as diferenças materiais, propomos alguns argumentos para a compreensão da arte contemporânea através da
noção de arquivo. Este é um dispositivo que permite a investigação dos processos estruturantes de um evento artístico, como já o demonstrou Cristina Freire com a
expressão “o arquivo como metáfora”. Seguindo o caminho de Freire, o que desejamos afirmar é: na contemporaneidade, o arquivo é a obra, um sistema
topológico virtual que agrega – materiais, impressos, impressões, pulsões, compulsões. Ref: Luiz Cláudio da Costa