Vera Chaves Barcellos. Foto de Fabio Del Re

Vera Chaves Barcellos nasceu em Porto Alegre, RS, Brasil, 1938. Nos anos 1960 dedicou-se à gravura depois de estudos na Inglaterra e Holanda. Em 1975 aprofundou seu conhecimento em técnicas gráficas e fotografia, com bolsa do British Council, no Croydon College, em Londres. Em 1976 fez parte da representação do Brasil na Bienal de Veneza com o trabalho Testarte. Desde os anos 1970 tem atuado na animação cultural em Porto Alegre figurando entre os fundadores do Nervo Óptico (1976-1978), do Espaço N.O. (1979-1982) e também da galeria Obra Aberta (1999-2002). Em 2005, instituiu a Fundação dedicada à arte contemporânea que leva seu nome e a qual preside desde então.

Realizou inúmeras exposições individuais no Brasil e no exterior. Participou de quatro Bienais de SP e exposições coletivas na América Latina, Alemanha, Bélgica, Coréia, França, Holanda, Inglaterra, Japão, Estados Unidos e Austrália. Desde a década de oitenta realiza instalações multimídia, empregando, além da fotografia, muitos outros meios. Como artista convidada participou da exposição Cegueses no Museu de Arte de Girona, Espanha, do Panorama de Arte Brasileira em São Paulo (1997), do Salão Nacional do RJ e da exposição Pasaje de Ida, na Galeria Antonio de Barnola, Barcelona, de Território Expandido no Sesc Pompéia, SP (2000) e Sem Fronteiras, mostra de abertura do Santander Cultural, em Porto Alegre (2001). Entre suas exposições individuais nos últimos anos estão: Enigmas, FVCB, Porto Alegre (2005), O Grão da Imagem, no Santander Cultural, Porto Alegre(2007), e Imagens em Migração (2009), no MASP, SP, que lhe rendeu um prêmio da Associação de Críticos de São Paulo. Realizou a instalação Per gli Ucelli, no Octógono da Pinacoteca do Estado, São Paulo (2010), e a mostra Per gli Ucelli: Derivas, na Bolsa de Arte em Porto Alegre (2011).

Participou da V Bienal de Artes Visuais do Mercosul (2005) e da mostra MAM na Oca, Arte Brasileira do Acervo do MAM SP (2006). Em 2007, foi agraciada com o Prêmio Joaquim Felizardo, em Artes Plásticas, Porto Alegre, RS. Ainda em 2007 fez parte da mostra Anos 70 – Arte como Questão, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Em 2008 participou da representação oficial brasileira na ARCO, Madri, Espanha. No mesmo ano expôs na Galeria Vermelho, SP, onde mostrou o trabalho Casasubu. Esta série fotográfica também foi exposta no Goethe Institut, em Porto Alegre, logo a seguir. Em 2008, O Grão da Imagem – uma Viagem pela Poética de Vera Chaves Barcellos recebeu o Prêmio de Melhor Exposição Individual, na segunda edição do Prêmio Açorianos de Artes Plásticas, promovido pela SMC de Porto Alegre.

Teve editada a série fotográfica Per(so)nas, em 2012, por Ediciones Originales, Espanha. Em 2009 participou da mostra coletiva Multiples, junto com Peter Friedl e Carlos Pazos, com curadoria de Antonio Zuñiga, na galeria Palmadotze, Vilafranca Del Penedès, Barcelona, Espanha. Desde 1986 vive entre Barcelona e Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre. Há alguns anos possui também nacionalidade espanhola.

Em 2010, realizou a curadoria da exposição Silêncios e Sussurros, que inaugurou o espaço expositivo da FVCB: a Sala dos Pomares, em Viamão. Dividiu a curadoria com Ana Albani de Carvalho e Neiva Bohns na exposição Um ponto de Ironia, com Neiva Bohns na exposição Des|Estruturas e com Alexandre Dias Ramos na exposição Julio Plaza -Construções Poéticas, ambas realizadas na Sala dos Pomares. Em 2013 volta a dividir a curadoria com Neiva Bohns na exposição LIMITES DO IMAGINÁRIO.

Tem a exposição Enigmas reeditada e mostrada novamente em 2015, no Centro Municipal de Arte Helio Oiticia, Rio de Janeiro e Fata Morgana, ou a Imagem Transformada, integrando a série de mostras individuais da temporada de 2015, na Galeria Bolsa de Arte de Porto Alegre, em sua sede da cidade de São Paulo.

Participa da mostra coletiva internacional A Mão Negativa, sob curadoria de Bernardo de Souza, Parque Lage, Rio de Janeiro, 2015.

Desde a década de oitenta realiza instalações multimídia, empregando além da fotografia, outros meios. Instituiu uma fundação que leva seu nome, dedicada à divulgação da arte contemporânea (2004), onde tem participado da organização de várias exposições e publicações. Vive e trabalha em Viamão, RS, Brasil, mantendo também seu estúdio em Barcelona, Espanha, desde 1986.