Hoje, apresentamos a você um pouco da produção artística de Nelson Wilbert, que integra a Coleção Artistas Contemporâneos – FVCB, com alguns registros de sua exposição individual Imagem Metamórfica.

Sem título, série Camuflagens, 2010. Acrílica sobre tela.

Sob a curadoria de André Severo, a mostra reúne cerca de 40 obras que materializam as últimas três décadas do trabalho de Wilbert. Aliando imagens da história da pintura ocidental aos padrões formais sobrepostos digitalmente, o artista opera em duas instâncias: a manipulação/sobreposição de imagens no meio digital e a transferência do que foi elaborado para a tela de pintura.

Uma das obras em exibição faz parte do Acervo FVCB: Sem título, da série Camuflagens, de 2010, que foi exibida na mostra Pintura: da matéria à representação, na FVCB.

Nas palavras do artista Mário Röhnelt: “Mona Lisa de Leonardo da Vinci ao longo do tempo foi transformada na marca absoluta a representar a grande pintura ocidental. Carrega o estigma positivo e modelo de gênio humano triunfante a tal nível de popularidade que o que conhecemos dela é agora apenas um ícone degradado e alienado do que ela realmente é. Nelson Wilbert submete a referida obra e um dos diversos padrões decorativos de Morris a um processo de simplificação gráfica de formas e cores e posteriormente relaciona os dois temas por transparência entre si. Parece haver certo cuidado nos níveis de transparência. Nenhum dos dois temas se sobressai, mas constituem um todo homogêneo, uma superfície derretida e dançante sobre a qual o olhar passeia por entre as formas que deslizam e direcionam-se umas às outras. A única tensão é aquela à qual a razão é submetida na tentativa de discernir as formas que elas representam e a que pertencem. As duas camadas tendem a se multiplicar virtualmente em muitas outras, sendo difícil distingui-las”.

Imagem Metamórfica segue em exibição até 27/03.
Mais informações em: @farolsantander