Durante o primeiro semestre de 2014, o Acervo da FVCB recebeu a doação de três novos trabalhos: Inverno (série Selos), de Celina A. Neves, Sílex III, de Lurdi Blauth e Lisboa, de Flávio Damm. Saiba mais sobre os artistas e suas obras.

Constituído por duas coleções – a coleção Vera Chaves Barcellos e a coleção Artistas contemporâneos–, o Acervo da FVCB tem o intuito de  realizar a catalogação, a conservação e  a pesquisa de mais de 2.142 obras.

Embora a FVCB seja uma instituição recente, o  seu acervo  encontra-se em franca expansão, sedimentando-se como um dos mais relevantes acervos de arte contemporânea da região sul do Brasil. O desenvolvimento do acervo segue uma coesa e criteriosa política de aquisições e doações, que prevê uma rigorosa seleção.

Confira os trabalhos doados, acompanhados por uma breve biografia dos artistas:

"Inverno" (série Selos), 2013. Celina A. Neves. Doação da artista.

CELINA ALMEIDA NEVES Vive e trabalha em São Paulo/SP. Formou-se Bacharel em Comunicação Visual no ano de 1985 pela Escola de Comunicação e Artes/Universidade Mackenzie, São Paulo/SP. Especializou-se em Estudos de Museus de Arte pelo Museu de Arte Contemporânea – MAC/USP e em Design De Interiores – Repertório Projetual pela Fundação Armando Álvares Penteado–FAAP/São Paulo. Atuou, como programadora visual e designer gráfico, desenvolvendo peças gráficas e materiais promocionais diversos, além da produção de fotografias, ilustrações e textos. Atualmente trabalha no SESC São Paulo, desde 1991, atuando em artes visuais, ação cultural e junto ao planejamento e finalização de espaços socioculturais. Desde 2011, tem produzido filmes, fotografias e livros de artista (entre eles, Sobrevidas, Sortilégio e Quimera, 2013/2014), além de projetos gráficos independentes (limiar edições extraordinárias). Participou da exposição Fotografia Transversa, na FVCB, no primeiro semestre de 2014.

"Silex III", 2002, Lurdi Blauth. Doação da artista.

LURDI BLAUTH: Doutora em Poéticas Visuais pelo Programa de Pós-graduação em Artes Visuais, do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A artista realizou outras formações em arte: estudos de Pintura com Iberê Camargo/1970; Gravura com Vera Chaves Barcelos/1971; diversos cursos no Atelier Livre de Porto Alegre/RS, Gravura, Maria Conceição Menegassi; El Objeto grabado, Matilde Carmen Marin/ 2001;Grabado No-Tóxico com Fotopolímeros. Andrea Juan/ 1999; Gravura em metal por corrosão galvânica, Raul Osvaldo Jalil/1999; Experimentação com Água-Tinta, Torben Bo Halbirk/ 1998; Ponta Seca, Marco Buti/1998; Viscosidade da cor: a gravura como objeto, Sheila Goloborotko/1995.

Sobre a série Silex, a artista escreve: na série Silex, cujas imagens remetem aos pré-instrumentos, das pontas de silex utilizadas pelo homem primitivo -, embora os princípios de gravar, imprimir e reproduzir, inerentes aos processos da gravura ainda estejam presentes, esses se deslocam para o uso do fogo como instrumento para provocar esvaziamentos na matriz. A partir daí, as imagens não se configuram mais nos aspectos determinantes da rigidez técnica de reprodução, ao contrário, é um processo sempre em devir, no qual os acasos são incorporados enquanto imagem, não como algo aleatório e vago, mas ativados pelo gesto de queimar.

Visite o site da artista: www.lurdiblauth.com.br.

"Lisboa", 2002, Flávio Damm. Doação de Vera Chaves Barcellos

Flávio Silveira Damm Começa como auxiliar de laboratório do fotógrafo alemão Ed Keffel, que se refugia do nazismo em Porto Alegre, Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Passa a fotografar para a Revista do Globo, em 1946. Obtém a consagração profissional no ano seguinte, ao realizar as primeiras fotografias de Getúlio Vargas em sua fazenda após seu afastamento da presidência da República, o que lhe vale um convite para integrar a equipe da revista O Cruzeiro, no Rio de Janeiro. Trabalha nessa publicação durante uma década e meia, tornando-o um dos mais importantes fotojornalistas brasileiros. Tem ainda papel importante como um dos fundadores junto com José Medeiros, da agência fotográfica Image, em 1962, uma das primeiras do gênero no país. Publica os livros Brasil Futebol Rei, 1965; Bahia Boa Terra Bahia, 1967; Ilustrações do Rio, 1970; Um Cândido Pintor Portinari, 1971;  Pernambuco Sim, 1974 e Fotografias de Flávio Damm, 1990. (Fonte: Itaú Cultural).