Claudio Goulart | Quando o horizonte é tão vasto

Curadoria de Fernanda Soares da Rosa.

Exposição individual do artista Claudio Goulart realizada de 6 de abril a 20 de julho de 2019, na Sala dos Pomares da FVCB, em Viamão/RS.

 

Vista da exposição. Foto de Leopoldo Plentz.

 

Claudio Goulart | Quando o horizonte é tão vasto reuniu mais de 60 trabalhos do artista brasileiro, incluindo fotografias, videoarte, instalações, livros de artista, arte postal, colagens, registros de intervenção urbana, de exposições e de projetos em vídeo. Trata-se a primeira exposição individual póstuma do artista no Brasil, realizada na Sala dos Pomares, no primeiro semestre de 2019. A FVCB, assim, tem o intuito de apresentar e refletir sobre essa rica produção, exibindo, inclusive, diversas obras inéditas, nunca antes apresentadas pelo artista.

Parte desses trabalhos foram desenvolvidos para projetos maiores que Goulart exibiu em diversos países. As obras foram incorporadas ao Acervo Artístico da FVCB através da doação realizada pela Fundação Art Zone — instituição holandesa criada ainda em vida por Goulart.

No limiar dos horizontes possíveis de serem visualizados através da obra de Goulart, há caminhos, paisagens, diálogos e interlocuções. Nesses trabalhos, realizados nas mais diferentes linguagens e suportes, e apresentados em diversos países, encontra-se uma pluralidade de leituras a temas ligados à história mundial e da arte, e que ainda suscitam questões acerca da memória individual e coletiva, além de questões políticas e sociais.

 


 

Texto de apresentação da mostra

Em 2015, a Fundação Vera Chaves recebeu a doação de quase a totalidade das obras de Claudio Goulart (1954-2005), artista brasileiro, natural de Porto Alegre, que desenvolveu sua carreira em Amsterdã, na Holanda, onde viveu desde a segunda metade da década de 1970.

O acervo artístico e documental doado pela Fundação Art Zone – instituição holandesa criada por Goulart ainda em vida e, até então, legatária de sua obra – revelou o caráter arquivista e colecionador do artista, que reuniu, em um arquivo pessoal, fotografias, escritos, registros e obras de arte ao longo de sua trajetória.

No limiar dos horizontes possíveis de serem visualizados através da obra de Goulart, entre caminhos, paisagens e diálogos, há interlocuções não apenas com o outro, mas também consigo mesmo. Em seus trabalhos realizados nas mais diferentes linguagens e suportes, mostrados em projetos em diversos países, encontram-se presentes temas ligados à história mundial e da arte, que suscitam questões acerca da memória individual e coletiva, além de questões políticas e sociais.

Contudo, a obra de Claudio Goulart ainda é pouco conhecida no cenário artístico brasileiro, sendo esta a primeira exposição individual do artista no Brasil, póstuma. A FVCB, assim, tem o intuito de apresentar e de refletir sobre a rica e interessante produção de Goulart, reunindo, inclusive, diversas obras do artista nunca mostradas anteriormente.

Fernanda Soares da Rosa, curadora