Impressos e periódicos de artistas como meio de veiculação de poéticas e discursos no Brasil dos anos 70 foi o tema  da pesquisa de Paola Fabres, pesquisadora do Instituto de Artes da UFRGS, para obtenção do título de Mestre em História Teoria e Crítica.  O Centro de Documentação e Pesquisa da Fundação Vera Chaves Barcellos foi um dos suportes referenciais para a pesquisa.

No dia 26 de outubro, Paola Fabres, pesquisadora em História, Teoria e Crítica em  Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS defendeu sua dissertação que investigava a veiculação de periódicos de artistas no Brasil  na década de 70. Uma das bases referenciais da pesquisa de Fabres foi o Centro de Documentação e Pesquisa da Fundação Vera Chaves Barcellos, que salvaguarda diversos itens sobre o grupo Nervo Óptico, responsável pela publicação de cartazetes que movimentaram a cena artista gaúcha dos anos 70.

Sobre a pesquisa:

Intitulada Diálogos Impressos, periódicos de artistas no Brasil, anos 1970; a pesquisa de Paola Fabres estabelece um olhar sobre a produção de periódicos alternativos no campo das artes, que passam a servir como suporte e como meio para muitos artistas veicularem suas poéticas e seus discursos a partir dos anos 1960 e 70. Associados ao estouro da comunicação, à busca por liberdades estéticas e às reivindicações sociopolíticas, o formato editorial em série propagou-se em contexto nacional e internacional, possibilitando trocas e diálogos entre distintas regiões.

A pesquisa destacou a produção brasileira dos anos 1970, tendo como objeto de análise os Nervo Óptico, de Porto Alegre, criados por um grupo de artistas da cidade, entre eles, Vera Chaves Barcellos, e a revista Punho de Recife, também produção coletiva de artistas e escritores, da qual Paulo Bruscky era o principal idealizador.

O estudo contribui para consolidar  a percepção da importância do impresso como expressão e como prática participativa da edificação do pensamento contemporâneo.