De 15/02 a 07/03, serão quatro encontros com seleção de videoarte feita pelos curadores Arthur Bonfim e Bruna Martin, integrantes do setor de Acervo Artístico da Fundação Vera Chaves Barcellos.
Para aproveitar o verão e curtir o espaço ao máximo, a Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), juntamente com o Instituto Estadual de Cinema (IECine) e a Cinemateca Paulo Amorim, lançam o projeto Curta no Jardim: exibição audiovisual ao ar livre. Nesta primeira edição, serão apresentados trabalhos de videoarte que integram o Acervo Artístico da FVCB.
As sessões serão gratuitas e sem inscrições prévias. O público será convidado a levar cadeiras de praia para curtir as projeções no Jardim Lutzenberger. As projeções têm início sempre às 19h30 e duração aproximada de 30 a 45 minutos.
Além da projeção dos filmes, o parceiro comercial da CCMQ Térreo Restaurante terá ponto de venda efêmero no local, a fim de atender o público participante, com cardápio especial.
Curta no Jardim – PARTE I: Fundação Vera Chaves Barcellos (FVCB)
A seleção feita por Arthur Bonfim e Bruna Martin convida o público espectador a um mergulho no acervo artístico da FVCB. A partir da exploração do arquivo de obras em vídeo que integram a coleção, composta por 135 vídeos que datam desde a década de 1970 até os anos 2000, os curadores propõem um recorte que leva em consideração a variedade e a xperimentação de artistas e coletivos.
A primeira exibição, em 15/02, terá como centro a produção do artista Claudio Goulart (Porto Alegre, RS, 1954 – Amsterdã, Holanda, 2005). A segunda (22/02) e a terceira (29/02) terão ênfase na experimentação em videoarte. A programação de 22/02 será voltada para o Kanaal Zero – programa de televisão coordenado por artistas, entre eles o próprio Goulart, e veiculado em canal de Amsterdam – e o contexto holandês de produção nos anos 1980 e 1990, já a terceira noite mostrará trabalhos do Acervo da Fundação produzidos por artistas nacionais e internacionais, entre os anos 1990 e 2000. Por fim, na noite de 07/03, que conclui o primeiro bloco do Curta no Jardim, haverá uma seleção de vídeos de Letícia Parente (Salvador, BA, 1930 – Rio de Janeiro, RJ, 1991), artista e cientista que foi pioneira da videoarte brasileira na década de 1970. Em seus vídeos podemos ver questões ligadas à condição feminina, à clausura, o desconforto, a migração e experimentações com o corpo.
A CCMQ, o IECine e a Cinemateca Paulo Amorim são instituições ligadas à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac). Este projeto é financiado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, conta com o patrocínio direto do Banrisul, Patrocínio Ventos do Sul, apoio Banco Topázio, DLL, Navegação Aliança, Tintas Renner e realização do Ministério da Cultura – Governo Federal.
Curta no Jardim – Projeção audiovisual ao ar livre
Quintas-feiras, a partir de 15/02/2024
Horário: 19h30
Evento gratuito, sem inscrições prévias
Programação Curta no Jardim – FVCB
15/02 – Seleção de vídeos do artista Claudio Goulart
22/02 – Seleção de filmes do Kanaal Zero (artistas Claudio Goulart, Alix Pearlstein, Lennaart van Oldenborgh, David Garcia, A.Nigten – S.Wijnans, Maricken Verheyen, Flavio Pons, Raul Marroquin, Jop Horst)
29/02 – Seleção de vídeos da coleção FVCB (artistas Marco Arruda, Chico Dantas, Dore O., Monika Funke Stern)
07/03 – Seleção de vídeos de Letícia Parente
Sobre o acervo de videoarte da FVCB e do Kanaal Zero
O acervo de videoarte da Fundação Vera Chaves Barcellos é uma rica coleção que reflete a diversidade e inovação presentes na produção artística contemporânea, com trabalhos que datam da década de 1970 aos anos 2000. Composto por 135 vídeos, o acervo compreende uma variedade de obras de artistas e coletivos, proporcionando uma visão abrangente das diferentes abordagens e estilos na videoarte. Cada peça contribui para a construção de um patrimônio digital que não apenas documenta, mas também interpreta as complexidades da sociedade contemporânea.
No interior desse acervo, encontram-se as videoartes criadas pelo artista Claudio Goulart, doadas à instituição juntamente com praticamente toda a sua produção artística pela fundação holandesa “Art Zone”. As fitas de vídeo originais de Goulart, que foram integralmente digitalizadas, abrangem uma extensa variedade de vídeos, muitos dos quais foram apresentados através do Kanaal Zero.
O Kanaal Zero era um programa de televisão que ia ao ar mensal e semanalmente no canal de televisão a cabo “Salto Channel” em Amsterdam. A coordenação da programação ficava a cargo dos artistas Claudio Goulart (BR), David Garcia (UK) e Raul Marroquin (CO), em parceria com duas organizações criadas para apoiar artistas que trabalhavam com a expressão da videoarte na Holanda: a Montevideo e Time Based Arts.
A programação incluía a exibição de produções artísticas de videoarte, predominantemente de artistas holandeses, mas também de outras regiões da Europa e do continente americano, incluindo o próprio Goulart.
Claudio Goulart não apenas realizava a curadoria da produção de videoarte da época, mas também apresentava seus próprios vídeos, encomendava trabalhos de outros artistas para o canal e organizava curadorias temáticas durante as transmissões. No total, foram realizadas 75 transmissões do Kanaal Zero entre os anos de 1991 e 1994.