Com Nelson Wiegert I Fórmulas Abstratas, a  Fundação Vera Chaves Barcellos dá visibilidade à produção de Nelson Wiegert, artista de cultuada atividade internacional. Saiba mais sobre a vida e a obra do artista.

A primeira exposição do ano da Sala dos Pomares, que inaugura no próximo sábado, 21 de março, traz a mais recente produção de Nelson Wiegert, aliada a uma seleção de trabalhos que permitem compreender o processo de construção da sua obra.

Atualmente residente na Alemanha, Nelson Wiegert nasceu em Tuparandi, Rio Grande do Sul, em 1940.

Nos anos 60, cursa o então Instituto de Belas Artes de Porto Alegre, atual Instituo de Artes – da UFRGS, onde foi aluno de Ado Malagoli, Alice Soares, Cristina Balbão e Fernando Corona.

Na mesma década, participa de um curso livre de pintura ministrado por Iberê Camargo.

Integra várias exposições coletivas em Curitiba, Florianópolis e São Paulo. Recebe o Primeiro Prêmio em Desenho no Salão de Arte Contemporânea de São Paulo em 1965.

Em 1966, transfere-se para Munique.

Participa da Academia de Verão em Salzburg, onde ganha o Primeiro Prêmio de Pintura como aluno de Emilio Vedova, que o convida para trabalhar em seu atelier em Veneza.

Retorna a Munique em 1967, realizando sua primeira mostra individual na Galeria Buchholz no mesmo ano.

Entre 1968 e 1970 participa de mostras coletivas em Basel, Frankfurt e Munique, e participa da feira de arte de Colônia.

Realiza exposição individual na Galeria 5 em Genebra, 1970, simultaneamente ao escultor Sérvulo Esmeraldo.

A partir de 1969, paralelamente ao seu trabalho como artista, assume a profissão de marchand na Galeria Buchholz em Munique, onde organiza a primeira mostra de Fernando Botero na cidade e exposições com outros importantes artistas latino-americanos como Julio Le Parc, Jesús Soto, Cruz-Diez e Olga do Amaral e também coletiva com as gravadoras brasileiras Fayga Ostrower, Maria Bonomi e Vera Chaves Barcellos.

A partir de 1971 até 1979, trabalha na galeria Art in Progress, onde expõe Cy Twombly, Andy Warhol, Robert Rauschenberg, Richard Serra, Carl Andre, Fred Sandback e Sol LeWitt e desenvolve projeto com Christo para a embalagem da galeria, obra realizada em 1977.

Nos anos 1980 inicia atividade com a Galeria Biedermann, onde representa artistas como Eduardo Chillida e Antoni Tàpies.

Nos anos 90, desenvolve projetos com artistas americanos como Tony Ousler, Claes Oldenburg, Linda Karshan, Michael Goldberg e Richard Wentworth.

Wiegert permanece na Galeria Biedermann até o término das atividades da mesma, em 2012.

A partir dos anos 1990 começa a passar um tempo maior no Brasil. Faz contato com a Galeria Gestual com quem desenvolve projeto para a primeira individual de Robert Wilson em Porto Alegre, 2000.

Retornando a uma dedicação maior a sua produção pessoal, a partir de 2005, realiza sucessivamente na Galeria Gestual três exposições individuais, em 2010, 2011 e 2012, com séries de desenhos, fotografias e colagens, voltando às mesmas vertentes abstratas que animaram suas primeiras obras.

Seu trabalho se intensifica, até sua mais recente produção de fotografias de grande formato em preto e branco. Essas reproduzem suas intervenções sobre fórmulas matemáticas deixadas depois das aulas, no quadro negro de uma salado Instituto de Mineralogia e Física de Munique, gerando imagens de grande força e rigor.